quinta-feira, setembro 20, 2007

bessie smith

Minha companhia querida nestas últimas noites, antes de dormir...

sábado, setembro 15, 2007

na bolha

qual a distância entre o antes e o depois?

quarta-feira, setembro 05, 2007

voltando àquele assunto...

Creiam: eu vi no cinema, por esses dias, uma senhora encontrar e aniquilar o seu Outro - neste caso, um reflexo idealizado simpaticamente distorcido de algo perdido em um passado lírico (ou seria tempo paralelo imaginário?), tornado mais feliz pela distância. Foi uma linda solução pensada para esse embate terrível ao qual às vezes se reage com uma certa resignação ou auto-complacência. Mea culpa.

Esta, claro, é apenas uma interpretação muito pessoal dentre as muitas idéias e reflexões possíveis de se descobrir - ou criar - na película polissêmica de Cassavetes, Noite de estréia. Eu sei, tem toda aquela história da beleza, da chegada da velhice, do teatro – ah, que bonita forma de filmar o teatro! –, mas isso qualquer sinopse traz. Neste momento, o que mais me chamou a atenção mesmo foi a força e a vitalidade desta surra bem dada nas idealizações que oprimem e nas falsas correspondências “certas” com as quais a vida supostamente nos obriga. Saí do cinema pensando em quanto de responsabilidade nos cabe em (re)inventar nossa vida, ao invés de apenas aceitar o dever ser que cada idade, circunstância ou contexto social nos impõe como molde, como condição natural.

Bom, foi assim que o vi. E que maravilha quando um filme aparece em um determinado momento como uma espécie de interlocutor, como uma possibilidade de diálogo e uma resposta direta às reflexões mais persistentes do nosso momento presente! De qualquer forma, ainda pretendo revê-lo. Afinal, há muito a descobrir...