domingo, julho 30, 2006

porque só roberto carlos mesmo pra gostar de domingo...

Ah, o domingo, o domingo... Você acorda logo cedo, tem aquela música bonita de Cartola tocando na sala, o cheiro bom de comida já tomando conta da cozinha, aquele ambiente familiar no qual as pessoas queridas aproveitam o merecido descanso, depois de uma semana de trabalho, pra tomar uma cervejinha, beliscar uns petiscos. Que coisa mais bucólica, singela, familiar...
Ah, a lembrança da noite anterior - porque se o domingo é um samba canção, o sábado à noite é, sem dúvida, um rock com batida eletrônica - a lembrança dos últimos fatos, a cabeça doendo, o vou-deitar-de-novo-que-passa, o cadê-o-sonridor. Depois, o desespero pós-cochilo, a dor de cabeça ainda ali, o desengano do "almoço que não é", a cumplicidade dos parentes, um que diz: "- toma um sonrisal", a outra retruca: "- um epocler", depois o cunhado, resoluto, sintetiza: "- dois xantinon, uma dipirona e um sonrisal, pronto, fica novo", mas a irmã também considerando as alternativas naturais: "- tome um chazinho de carqueja, fio", daí o outro muda de idéia e radicaliza: "- toma uma cervejinha aqui que passa", e eu: "- cala a boca, miserável, se tu sugerir isso de novo eu dou na tua cara!" Depois é só um fluxo de idéias desconexas: "- ai, minha cabeeeeeça", "- e os trabalhos da faculdade por fazer", "-mas eu não bebi quase nada, meu Deus" e a clássica: "- nunca mais eu bebo hoje"...
Pois é, caros amigos, chega um momento na vida do ser humano em que não tem jeito: é fim de carreira! Ah, a ressaca, a ressaca...