terça-feira, agosto 17, 2004

Estou com uma necessidade premente: viver coisas novas.
Conhecer pessoas novas, lugares novos, novos aprendizados...
Frequentar uma nova faculdade também seria bom, estudar outras áreas de conhecimento. Ouvir uma nova banda que se tornasse minha favorita, ver um filme que traria um novo universo a povoar minha mente nas caminhadas pelo centro da cidade e encontrar um novo livro para servir de Bíblia, já que, pelo menos por enquanto, só há Marciano mesmo a ser seguido...
Decobrir um novo cacoete, um sentimento inusitado, uma reação inédita a um fato igualmente imprevisto, uma palavra nova, uma idéia que nunca tive, uma sensação irrefreável de destruir o que já era certo e reinventar prioridades.
Uma guinada à esquerda (sempre à esquerda, espero, porque tem coisas que não precisam mudar...), um novo olhar crítico, um novo resultado para a autocrítica sempre previsível... Aliás... Não fazer autocrítica, e acreditar que durante algum tempo pode-se apenas agir, errando à vontade.
Não reconhecer-se, até, ou melhor que isso: ser totalmente diferente e ainda assim, achar-se perfeitamente coerente, percebendo com prazer a complexidade humana e utilizando-a para o proveito de sua liberdade.
Para tanto, basta a hora seguinte, o dia seguinte, afinal... Deixar tudo para trás, sem reciclagens, sem lamento. Acordar-se, de manhã, incontestavelmente novo, sem passado... Mandar tudo mais à merda.
Assim, haverá um dia em que serei tão irreconhecível que, para o bem do entendimento, deverei ser apresentado a mim mesmo.

Um comentário:

Patricia Leal disse...

lindo. lindo. texto maravilhosamente lindo. eu até vibro de felicidade quando encontro algo assim, que parece ter saido das entranhas num momento de espontaneidade... :) um Respiro literário.
muito bom!